terça-feira, 3 de junho de 2008

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Simple Plan - Crazy


E o mundo está a venda...Será que alguém compra?

E nem o Budismo escapou desse vício...
"Comprar celular, comprar computador....qualquer troço pra aliviar a minha dor..."

Compulsão por compras

O consumismo é uma compulsão caracterizada pela busca incessante de objetos novos sem que haja necessidade dos mesmos. Após a industrialização, criou-se uma mentalidade de que quanto mais se consome mais se tem garantias de bem-estar, de prestígio e de valorização, já que na atualidade as pessoas são avaliadas pelo que possuem e não pelo que são. Uma pessoa pode ser considerada consumista quando dá preferência ao shopping a qualquer outro tipo de passeio, faz compras até que todo o limite de crédito que possui exceda, deixa de usar objetos comprados há algum tempo, não consegue sair do shopping sem comprar algo, se sente mal quando alguém usa um objeto mais moderno que o seu, etc. O consumismo é fortemente induzido pelo marketing que consegue atingir a fragilidade íntima das pessoas e este é um dos motivos pelos quais o sexo feminino é mais propenso à compulsão. Para a psicanálise, o marketing interfere na diferenciação do que se deve ou não comprar, tornando assim as pessoas incessantemente descontentes buscando nas compras algo que as conforte. Essa compulsão leva as pessoas a desprezarem seus valores e sua situação financeira e as mantêm em estado de fascínio e até de hipnose. Muitas pessoas destroem seu casamento ou outro tipo de relação e ainda se colocam em difíceis situações devido às más condições financeiras provocadas por tal compulsão. É importante lembrar que nem todas as pessoas que consomem muitos supérfluos são consumistas. Pessoas com bom poder aquisitivo que não sacrificam suas vidas para ir às compras não são necessariamente consumistas compulsivas.


Relatório: conseqüências do consumo serão 'terríveis' em 50 anos
A população mundial estará usando duas vezes mais recursos que o planeta é capaz de produzir dentro de 50 anos a menos que haja uma mudança imediata no estilo de vida da humanidade, alertou o grupo ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) em um relatório publicado nesta terça-feira.
"Estamos em um sério risco ecológico ao consumirmos recursos mais rapidamente do que a Terra é capaz de substituí-los", disse o diretor-geral da WWF, James Leape. "As conseqüências disto são previsíveis e terríveis", acrescentou.
"As cidades, centrais elétricas e lares que construímos hoje ou irão trancar a sociedade em um excesso de consumo danoso posterior à nossa existência, ou começarão a induzir esta geração e as próximas a uma vida sustentável", continuou.
O relatório Planeta Vivo (Living Planet), um documento de balanço sobre o meio ambiente global publicado ano sim, ano não, mostrou um crescimento absurdo na demanda das capacidades mundiais de produzir ar limpo e fornecer matérias-primas, comida e energia.
Dois anos atrás, o mesmo documento baseado em dados de 2001 destacou que a população mundial já estava superando a capacidade da Terra de regenerar recursos em pouco mais de 20%.
A edição de 2006 do relatório destacou que o número aumentou para 25% em 2003. A "pegada ecológica" da humanidade triplicou entre 1961 e 2003, impelida sobretudo pelo uso de combustíveis fósseis tais como petróleo e carvão, acrescentou.
O WWF destacou que as emissões de dióxido de carbono derivadas do consumo de energia foram o componente de crescimento mais rápido naquele período, aumentando mais de nove vezes.
Enquanto isso, uma consulta sobre a vida animal entre 1970 e 2003 demonstrou que as espécies terrestres diminuíram 31%, as espécies de água doce, 28% e as espécies marinhas, 27%.
"Esta tendência global sugere que estamos degradando os ecossistemas naturais em uma taxa sem precedentes na história humana", acrescentou o documento.
"É hora de fazer algumas escolhas vitais. A mudança que implementa padrões de vida, enquanto reduz o impacto no mundo natural, não será fácil", disse Leape.
Segundo o relatório, cada pessoa ocupa uma "pegada ecológica" equivalente a 2,2 hectares em termos de sua capacidade de poluir ou consumir energia e outros recursos, inclusive comida, enquanto o planeta só é capaz de oferecer individualmente 1,8 hectare.
O WWF calcula que mesmo uma reversão rápida em hábitos de consumo só trariam o mundo de volta aos níveis de 1980 - quando já existia excesso - em 2040.
Os Emirados Árabes Unidos (11,9 hectares por pessoa) e os Estados Unidos (9,6) voltaram a aparecer no topo do ranking de impacto ambiental do relatório, que classifica os países segundo seu alto consumo energético.
A Finlândia e o Canadá superaram o petroleiro Kuwait nas terceira e quarta posições.
Assim como outros países nórdicos, a Finlândia teve um consumo energético relativamente baixo, mas sua indústria madeireira representou um fator de pressão sobre as florestas, alertou o WWF.
Austrália, Estônia, Suécia, Nova Zelândia e Noruega fecharam a lista dos "10 mais", seguidos de Dinamarca, França, Bélgica e Grã-Bretanha.
A China e seus 1,2 bilhão de habitantes ficou em 69º, com uma "pegada-média" crescente de 1,6 hectare. De acordo com o WWF, o rápido desenvolvimento econômico do gigante asiático implica em que tem "um papel chave em manter o mundo no caminho da sustentabilidade".
A pegada do WWF para um país inclui terras cultiváveis, florestas e áreas de pesca necessárias para produzir comida, fibras e madeira que consome.
Também avalia a capacidade de uma nação em absorver a quantidade de dejetos que produz enquanto gera energia, bem como o espaço necessário para sua infra-estrutura.
AFP
Consumismo


Até que ponto somos viciados em nossos confortos mundanos? Ao extremo. Em primeiro lugar, existem coisas convencionalmente viciantes. Se você for viciado em nicotina ou álcool, conhece bem o significado do vício. Podemos também ser viciados em drogas receitadas por médicos, tranquilizantes, moda e experiências.

O vício automobilístico é particularmente extenuante. O custo da manutenção dos carros é, com freqüência, muitas vezes mais alto do que o próprio custo inicial do carro. O custo do combustível, do óleo, do seguro, do pedágio, o custo da assistência médica para curar feridos em acidentes, o custo total do vício automobilistico gira em torno de trilhões de dólares.Roupas, aparelhos eletrônicos, diversão - nossos olhos, ouvidos e mentes são incitados constantemente a adquirir no-vas máquinas a fim de participar de grandes redes e comunidades de consumo.

A questão é que, em nossa busca eterna de estímulos externos, desperdiçamos e consumimos sem nos satisfazermos. Quando um novo carro nos tornou permanentemente felizes? Um novo amante? Uma roupa nova? O prazer é tão fugidio quanto o desejo original de consumir, fazendo com que nos voltemos cada vez mais para o exterior.

A chave para acabar com esse ciclo é descobrir a fonte de descontentamento e entender que ela nunca secará. Quando pararmos de trabalhar para o chefe que nunca se satisfaz, poderemos então apreciar ou desfrutar de algo sem o sofrimento de sua futura e inevitável perda, sem o desejo urgente de ter mais - em outras palavras, sem dependência. Dessa maneira, é possível ter a experiência do verdadeiro prazer. Essa é a versão interior da revolução tranqüila.